segunda-feira, 8 de agosto de 2011

BRASIL - Mercosul - 2011.

Obs .: Emissão Atores Nacionais - Centenário do Nascimento de Paulo Gracindo.


Gracindo JR

Pelópidas Guimarães Brandão Gracindo, este é o nome de batismo de Paulo Gracindo, filho de Argentina e de Demócrito. Fazia graça com seu nome, afirmando que uns o chamavam de Pelopes, outros de Petrópolis, e até de Envelope. Mudou, no palco, o seu nome para Paulo Gracindo. Nasceu em 16 de julho de 1911, na cidade do Rio de Janeiro. Ainda bebê mudou-se com a família para Alagoas, de onde saiu aos vinte anos para iniciar sua carreira no Rio de Janeiro.

Seu pai, prefeito de Maceió, tinha acabado de realizar sua grande obra, o Teatro Deodoro. Apesar disso, dizia que nunca um filho seu pisaria num palco. Contrariando a vontade do pai, e com obstinação e enorme talento, Paulo tornou-se radialista, comunicador e ator de enorme sucesso.

Depois de ir de Maceió para o Rio de Janeiro “a pé”, como ele gostava de dizer, começou a procurar trabalho como ator enquanto terminava a faculdade de Direito. Dormia em praças e pedia dinheiro emprestado aos poucos parentes com quem contava, até que entrou para o Grupo de Teatro Ginástico e começou a fazer pequenos trabalhos como ator e a dar seus primeiros passos no rádio.

Em pouco tempo, transformou-se num excelente radioator e, sentindo-se seguro, pois tinha um emprego fixo – coisa rara na época nessa profissão – casou-se, em 1942, com Dulce, com quem teve quatro filhos: o também ator Gracindo Júnior, Lenora, Lucilla e Teresa.

Nos anos de 1950, Paulo Gracindo era o Primo Rico, personagem do quadro O Primo Rico e o Primo Pobre do programa humorístico Balança mas não Cai, da Rádio Nacional, que se tornou um grande sucesso no país, transformando-se, posteriormente, em filme e programa de TV.

Outro personagem inesquecível, a quem Paulo Gracindo deu vida, foi Odorico Paraguaçu, de O Bem Amado, criado nos anos de 1970, década de ouro do ator. O sucesso foi tanto que, na década de 1980, O Bem Amado virou série na TV e Odorico Paraguaçu ficou no ar por mais cinco anos com grande sucesso de público e de crítica.

Artista completo, atuou em inúmeros filmes, seriados, programas de rádio, de TV e novelas, vivenciando personagens marcantes. Entre as telenovelas em que trabalhou estão: A Próxima Atração, Bandeira 2, Os Ossos do Barão, Gabriela, O Casarão, Roque Santeiro, Mandala, Rainha da Sucata e Vamp.

Também se dedicou ao cinema, atuando em filmes como O Meu Dia Chegará, Estrela da Manhã, Anastácio, Onde Estás, Felicidade?, A Falecida, Amor Bandido, e Exu-Pia, coração de Macunaíma. No teatro, trabalhou em Linhas Cruzadas, Frank Sinatra 4815, O Jogo do Crime e, com Clara Nunes, em Brasileiro, Profissão Esperança. Sob a direção de seu filho, Gracindo Jr., atuou nas montagens teatrais Num Lago Dourado e A História é uma História.

Em comemoração aos 50 anos de carreira do pai, Gracindo Jr, em 1980, montou e dirigiu o espetáculo Paulo Gracindo, Meu Pai, com atuação de Paulo Gracindo.

Na década de 1980, mesmo apresentando os primeiros sintomas do mal de Alzheimer, continuou atuando na TV e no teatro. O ano de 1993 marcou suas últimas aparições na TV: na minissérie Agosto e no especial O Besouro e a Rosa. Morreu aos 84 anos, em 04 de setembro de 1995.

A homenagem mais recente a Paulo Gracindo é o documentário de longa metragem Paulo Gracindo – O BEM AMADO, produção e direção de seu filho.

Os Correios, por meio da Filatelia, destacam Paulo Gracindo, homem e personagem, um dos mais prestigiados atores do Brasil, no centenário de seu nascimento, reconhecido por sua expressiva obra dedicada às plateias dos grandes palcos.

Sobre o Selo

Emissão Comemorativa
Detalhes Técnicos
Edital nº 15
Arte: Paulo Baptista
Processo de Impressão: Ofsete
Folha com 24 selos
Papel: Cuchê gomado
Valor facial: R$ 1,85
Tiragem: 600.000 selos
Área de desenho: 59mm x 25mm
Dimensões do selo: 59mm x 25mm
Picotagem: 11,5 x 12
Data de emissão: 16/7/2011
Local de lançamento: Rio de Janeiro/RJ
Impressão: Casa da Moeda do Brasil

Na composição da imagem do selo, que tem como fundo a cor preta, o artista utilizou elementos que reportam à vida artística do ator e exprimem seu caráter, carisma e valor, que sempre marcou e potencializou os personagens por ele interpretados. À direita, a expressividade de seu rosto simboliza a vida, e a película cinematográfica sintetiza sua paixão pelas artes dramáticas, televisão e cinema. À esquerda, as máscaras simbolizam a representação no teatro.

Essa composição dinâmica expressa-se na frase de sua autoria – “Eu vivi no palco e representei na vida”. No canto inferior esquerdo a logomarca do Mercosul, por tratar-se de uma emissão comum aos seus países membro. Foram utilizadas as técnicas de ilustração digital, simulando o guache, e retícula estocástica na impressão em ofsete a quatro cores.

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